Veloso Caetano: Sampa
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Veloso Caetano: Sampa
Alguma coisa acontece no meu corao
Que só quando cruza a Ipiranga e a Avenida So
Joo É que quando eu cheguei por aqui
Eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas
Ainda no havia para mim Rita Lee
A tua mais completa traduo
Alguma coisa acontece no meu corao
Que só quando cruza a Ipiranga e a Avenida
So Joo
Quando eu te encarei frente a frente
No vi o meu rosto
Chamei de mal gosto
O que vi de mal gosto, mau gosto
É que narciso acha feio o que no espelho
E a mente apavora que ainda no mesmo velho
Nada do que no era antes
Quando no somos mutantes
E foste um difcil comeo
Afasto o que no conheo
E que vem de outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Por que o avesso do avesso
Do avesso do avesso.
Do povo oprimido nas filas
Nas vilas, favelas
Da fora da grana que ergue
E destrói coisas belas
Da feia fumaa que sobe
Apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas
De campos, espaos
Tuas oficinas de florestas
Teus deuses da chuva Pan Amricas
de Áfricas Utópicas
Do mundo do samba
Mais possvel novo Kilombo de Zumbi
Que os novos baianos passeiam
Na tua garoa Que novos baianos te podem curtir
Numa boa
Que só quando cruza a Ipiranga e a Avenida So
Joo É que quando eu cheguei por aqui
Eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas
Ainda no havia para mim Rita Lee
A tua mais completa traduo
Alguma coisa acontece no meu corao
Que só quando cruza a Ipiranga e a Avenida
So Joo
Quando eu te encarei frente a frente
No vi o meu rosto
Chamei de mal gosto
O que vi de mal gosto, mau gosto
É que narciso acha feio o que no espelho
E a mente apavora que ainda no mesmo velho
Nada do que no era antes
Quando no somos mutantes
E foste um difcil comeo
Afasto o que no conheo
E que vem de outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Por que o avesso do avesso
Do avesso do avesso.
Do povo oprimido nas filas
Nas vilas, favelas
Da fora da grana que ergue
E destrói coisas belas
Da feia fumaa que sobe
Apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas
De campos, espaos
Tuas oficinas de florestas
Teus deuses da chuva Pan Amricas
de Áfricas Utópicas
Do mundo do samba
Mais possvel novo Kilombo de Zumbi
Que os novos baianos passeiam
Na tua garoa Que novos baianos te podem curtir
Numa boa
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