Oswaldo Montenegro: Que A Vida Compense E Seja Feliz / Castelo De Vestal / Viver

A msica que vo ouvir brincadeira
Vampiros no existem, mas sim,
Existem de outra maneira
Algum suga coisas em voc e em mim
A morte igual, falsa e verdadeira
Me do incio, avó-do-fim
Que seja a morte o fim da esperana
A morte o beijo que ficou sem graa
a velha que j no dana
quem no gosta de voc de graa
o cime que devora e cansa
a paixo que te incendeia e passa
A morte a famlia que te odeia
a inveja de quem voc adora
Como um sangue que sabota a veia
a tua espera quando algum demora
o amigo l da tua aldeia
Que esqueceu aonde voc mora
Que seja a morte a morte de quem voc quer bem
o vcio de quem espera a sorte
Pra quem a sorte nunca vem
a morte de quem vem do Norte
E passa a vida esperando o trem
o pai que no diz que te ama
Para alguns, Castelo de Vestal
Pra mim quando algum me engana
Para alguns só ponto final
A morte o quadro-negro com saudade da mo com giz
Para alguns dor
Para outros, sossego
A platia vazia a morte da atriz
Por fim, um brinde a viver sem medo
Que a vida compense
E que seja feliz

No velho castelo de vestal
Entre antigos copos de cristal
Bebem os vampiros e os anes
sade do seu rei
Desire princesa do local
Namora com a noite e o temporal
Velho inimigo das paixes
Levou seu amado rei

A mgica ensina o que a lógica evita
Princesa acredita, viver bom
Por mais que parea que a dor infinita
Princesa acredita, viver bom
Olha princesa, a dor de viver
a dor de no ter a resposta
Em seguida do gesto
a dor de no ver o exato contorno
Do que se queria enxergar
Ah, da pena de ver
O sutil descompasso, o total desacerto
Entre a gua e a sede
Entre o peixe e a rede
Entre a linha e o ponto
E esse tal desencontro, princesa
a dor de viver
Queria te dar tanta coisa bonita
Princesa acredita, viver bom