Oswaldo Montenegro: Can
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Oswaldo Montenegro: Can
Grande, big, enorme, gigante, sem jeito
Mal feito, gigante sem tato, mulato
Gigante, enorme, mal feito, bonzinho, bacana
Sem tato nem jeito
Meu riso grande, no cabe em mim
Minhas mos so grandes, te aplaudem assim
Meu peito grande, ningum quer brincar
Meus ps so grandes, no mesmo lugar
Mesmo lugar
Meu olho grande, meu mundo maior
Meu brao grande, j me dei um nó
Meu sonho grande, no quero acordar
Meu riso grande, ningum quer brincar
Quem quer brincar?
Quem que nunca sentiu que o mundo um gigante
E achou que era fraco, e se achou
Quase um rato e que o gato
Era o mundo, um gigante malvado e
Quem que coitado n'olhava pra cima
Esperando a porrada, o cacete, o esporro,
A mijada, a espora, o faco?
Quem que nunca arregou, nunca teve para
E ser que algum jura que nunca tremeu de pavor,
De terror, de vertigem, de altura (oh! que tava no cho!),
E quem o macho que no teve surpresa de ser humilhado igual feio na festa e menino mijo?
Presta ateno!
Quem no perdeu a ateno dos seus pais,
Quem no foi encarnado depois de uma queda
Ou porque era vesgo ou porque era torto
Ou se o av j t morto, se sente sozinho
Ou porque menorzinho ou porque bobalho,
pereba ou otrio?
E olha presta ateno!
Quem no levou uma surra, perdeu um horrio,
Quem que jamais teve um sonho esmagado
Ou sofreu uma ofensa do melhor amigo e quem
que concorda comigo esse mundo um gigante
E a gente ano?
A gente ano!
Presta ateno.
Presta ateno.
Mundo gigante, doido mundo
Quem no sente medo quando venta?
Mal feito, gigante sem tato, mulato
Gigante, enorme, mal feito, bonzinho, bacana
Sem tato nem jeito
Meu riso grande, no cabe em mim
Minhas mos so grandes, te aplaudem assim
Meu peito grande, ningum quer brincar
Meus ps so grandes, no mesmo lugar
Mesmo lugar
Meu olho grande, meu mundo maior
Meu brao grande, j me dei um nó
Meu sonho grande, no quero acordar
Meu riso grande, ningum quer brincar
Quem quer brincar?
Quem que nunca sentiu que o mundo um gigante
E achou que era fraco, e se achou
Quase um rato e que o gato
Era o mundo, um gigante malvado e
Quem que coitado n'olhava pra cima
Esperando a porrada, o cacete, o esporro,
A mijada, a espora, o faco?
Quem que nunca arregou, nunca teve para
E ser que algum jura que nunca tremeu de pavor,
De terror, de vertigem, de altura (oh! que tava no cho!),
E quem o macho que no teve surpresa de ser humilhado igual feio na festa e menino mijo?
Presta ateno!
Quem no perdeu a ateno dos seus pais,
Quem no foi encarnado depois de uma queda
Ou porque era vesgo ou porque era torto
Ou se o av j t morto, se sente sozinho
Ou porque menorzinho ou porque bobalho,
pereba ou otrio?
E olha presta ateno!
Quem no levou uma surra, perdeu um horrio,
Quem que jamais teve um sonho esmagado
Ou sofreu uma ofensa do melhor amigo e quem
que concorda comigo esse mundo um gigante
E a gente ano?
A gente ano!
Presta ateno.
Presta ateno.
Mundo gigante, doido mundo
Quem no sente medo quando venta?
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